Dicas de saborosos chazinhos, famosos desde os tempos de nossas avós.
Devemos estar atentos às doses, às quantidades certas para serem realmente medicinais. O que faz mal é o mau uso dos nossos remédios verdes, o exagero, o uso indiscriminado, a utilização da parte da planta que não é recomendada.
Segundo nosso grande mestre Paracelso, a diferença entre o remédio e o veneno é apenas a dose da substância. Devemos ter em mente o tipo de desarmonia física que temos para adequarmos a dosagem da erva. Cada caso é um caso: o que fez bem ao meu vizinho pode não ser o ideal para mim. Por este motivo, faz-se necessário um conhecimento do doente para a correta indicação da erva.
Iniciaremos agora, uma grande jornada neste verde mundo, o cuidar ecológico e, com isso, enfatizar o uso racional das plantas medicinais. O homem deve aprender a conviver com esta dádiva que a natureza nos deu, deixar de ser predador para não esgotar este presente divino.
ERVAS MAIS USADAS PARA FAZER CHÁS
ALCACHOFRA: Energético, diurético, eliminador do ácido úrico, do reumatismo, febre nos distúrbios hepáticos e digestivos, A flor é boa salada. Faz baixar a pressão arterial. Evitar seu uso durante o período de lactação.
CALÊNDULA: Ótimo medicamento para a idade critica, combate qualquer alergia, é anti-inflamatório, em cólicas menstruais, acelera a cicatrização de feridas, dor de garganta. Não deve ser usado durante a gravidez elactação. São muito usados os sabonetes e as pomadas de calêndula.
CAMOMILA: Anti-inflamatória, cólica estomacal, alergia, e também usado como calmante suave e digestivo.
ERVA DE SÃO JOÃO: Cientificamente conhecida como Hypericum perfolatum, é utilizada no tratamento de reumatismos, artrite, nevralgias e febre, bem como também no tratamento do estresse e da depressão. Ela pode apresentar alguns efeitos colaterais, devendo, portanto, ser usada com certa cautela, como a elevação da sensibilidade à luz do sol. Outros secundarismos que podem ocorrer incluem o aparecimento de ansiedade, boca seca, sensação de tontura, sintomas gastrointestinais, fadiga, dor de cabeça e disfunção sexual. Além disso, pesquisas clínicas demonstraram que a Erva de São João interage com alguns medicamentos, acelerando ou retardando o metabolismo da substância terapêutica, modificando, consequentemente, sua ação farmacológica. Dentre essas substâncias destacamos antidepressivos, anticoncepcionais, ciclosporina (ação imunológica, principalmente em transplantados), digoxina (usado na insuficiência cardíaca), indinavir e outros da mesma classe (controladores da infecção por HIV), irinotecana e similares (tratamento do câncer) e warfarina (anticoagulante clássico).
Uma outra Erva de São João, também conhecida como “mentrasto” ou “catinga de bode”, tem ação anti-inflamatória e analgésica nas dores do estômago, menstruais, do climatério, reumáticas e dores localizadas. É tônico e combate o estresse, as doenças pulmonares, cólicas, diarréias e gases.
GUACO: Contra reumatismo, albuminúria, nevralgias, sedativo da tosse em forma de xarope, gripe, contra mordedura de cobra, cicatrizante, calmante em geral.
MARACUJÁ: Calmante para dores em geral, tranquilizante indicado para o alcoolista, insônia, ação diurética, desinfetante; semente e raiz são vermífugas e os sucos dão um agradável refresco.
MACELA: Indigestões, males do estômago, inapetência, sumo nas epilepsias, tônico amargo, perturbações gástricas, bem como nas disenterias e diarréias. É a camomila brasileira. É emenagoga, anti-inflamatória, anti-séptica e redutora da taxa de colesterol.
MELISSA: Contém óleo essencial, calmante nas manifestações nervosas, apresenta ação analgésica e sedativa. Útil nas perturbações gástricas, como colerético e carminativo. Existe certa confusão entre a Melissa (Melissa officinalis, da família Labiadae), também conhecida como erva cidreira, e a Lippia alba, da família Verbenaceae, também chamada de Erva Cidreira, sendo, esta, utilizada as suas raízes em chás para a insônia, palpitações cardíacas de origem nervosa, enxaqueca, vômitos e problemas hepáticos congestivos. As suas folhas também têm ação sudorífica.
MIL EM RAMAS: Bom para chá em períodos de doenças infantis, como sarampo e catapora (o Sabugueiro também é recomendado). Ótimo medicamento contra as hemorragias do útero, dos pulmões, vômitos com sangue, hemorróidas, diarréia com sangue, regras abundantes, mucosidade nos intestinos, catarro sanguinolento dos tuberculosos. Pode-se associar com tansagem. As flores e folhas pulverizadas aplicam-se sobre feridas crônicas. Alivia a dor de dente e do estômago.
PATA DE VACA: Diurética, males dos rins, do estômago, depurativa, prisão de ventre. Contra diabete, através das flores e folhas. A raiz é venenosa, e externamente ajuda a matar os micróbios.
TANSAGEM: Anti-inflamatório, bactericida usado em casos de afecções da boca e garganta, úlcera e gastrite. Tem propriedade expectorante e anti-alérgica, diminui a tosse e aumenta a expectoração do muco respiratório. Uso externo como adstringente e cicatrizante em feridas e úlceras varicosas.
Fonte: Plantas Medicinais (Irmão Cirilo).
Iára, seu Blog é maravilhoso:primorosa apresentação, explicações objetivas com a simplicidade necessáriaà todos que não detem seu conhecimento-Desperta a consxiência do imenso valor da Fitoterapia, mas tb. nos alerta para que sejamos sempre orientados e acompanhados por um bom profissional, como vc!-Está de parabéns pelo seu lindo e produtivo trabalho. Com todo meu apreço e carinho-Yone Borges da Silva
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