quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

AS PLANTAS MEDICINAIS NA PRÁTICA DIÁRIA

Dicas de saborosos chazinhos, famosos desde os tempos de nossas avós.

Devemos estar atentos às doses, às quantidades certas para serem realmente medicinais.  O que faz mal é o mau uso dos nossos remédios verdes, o exagero, o uso indiscriminado, a utilização da parte da planta que não é recomendada.
Segundo nosso grande mestre Paracelso, a diferença entre o remédio e o veneno é apenas a dose da substância.  Devemos ter em mente o tipo de desarmonia física que temos para adequarmos a dosagem da erva.  Cada caso é um caso: o que fez bem ao meu vizinho pode não ser o ideal para mim.  Por este motivo, faz-se necessário um conhecimento do doente para a correta indicação da erva.
Iniciaremos agora, uma grande jornada neste verde mundo, o cuidar ecológico e, com isso, enfatizar o uso racional das plantas medicinais.  O homem deve aprender a conviver com esta dádiva que a natureza nos deu, deixar de ser predador para não esgotar este presente divino.
ERVAS MAIS USADAS PARA FAZER CHÁS
 ALCACHOFRA: Energético, diurético, eliminador do ácido úrico, do reumatismo, febre nos distúrbios hepáticos e digestivos, A flor é boa salada. Faz baixar a pressão arterial. Evitar seu uso durante o período de lactação.

 CALÊNDULA: Ótimo medicamento para a idade critica, combate qualquer alergia, é anti-inflamatório, em cólicas menstruais, acelera a cicatrização de feridas, dor de garganta. Não deve ser usado durante a gravidez elactação. São muito usados os sabonetes e as pomadas de calêndula.


CAMOMILA: Anti-inflamatória, cólica estomacal, alergia, e também usado como calmante suave e digestivo.


ERVA DE SÃO JOÃO: Cientificamente conhecida como Hypericum perfolatum, é utilizada no tratamento de reumatismos, artrite, nevralgias e febre, bem como também no tratamento do estresse e da depressão. Ela pode apresentar alguns efeitos colaterais, devendo, portanto, ser usada com certa cautela, como a elevação da sensibilidade à luz do sol. Outros secundarismos que podem ocorrer incluem o aparecimento de ansiedade, boca seca, sensação de tontura, sintomas gastrointestinais, fadiga, dor de cabeça e disfunção sexual. Além disso, pesquisas clínicas demonstraram que a Erva de São João interage com alguns medicamentos, acelerando ou retardando o metabolismo da substância terapêutica, modificando, consequentemente, sua ação farmacológica. Dentre essas substâncias destacamos antidepressivos, anticoncepcionais, ciclosporina (ação imunológica, principalmente em transplantados), digoxina (usado na insuficiência cardíaca), indinavir e outros da mesma classe (controladores da infecção por HIV), irinotecana e similares (tratamento do câncer) e warfarina (anticoagulante clássico).
Uma outra Erva de São João, também conhecida como “mentrasto” ou “catinga de bode”, tem ação anti-inflamatória e analgésica nas dores do estômago, menstruais, do climatério, reumáticas e dores localizadas. É tônico e combate o estresse, as doenças pulmonares, cólicas, diarréias e gases.

GUACO: Contra reumatismo, albuminúria, nevralgias, sedativo da tosse em forma de xarope, gripe, contra mordedura de cobra, cicatrizante, calmante em geral.



MARACUJÁ: Calmante para dores em geral, tranquilizante indicado para o alcoolista, insônia, ação diurética, desinfetante; semente e raiz são vermífugas e os  sucos dão um agradável refresco.

  
 MACELA: Indigestões, males do estômago, inapetência, sumo nas epilepsias, tônico amargo, perturbações gástricas, bem  como nas  disenterias e diarréias. É a camomila brasileira. É emenagoga, anti-inflamatória, anti-séptica e redutora da  taxa de colesterol.

MELISSA: Contém óleo essencial, calmante nas manifestações nervosas, apresenta ação analgésica e sedativa. Útil nas perturbações gástricas, como colerético e carminativo. Existe certa confusão entre a Melissa (Melissa officinalis, da família Labiadae), também conhecida como erva cidreira, e a Lippia alba, da família Verbenaceae, também chamada de Erva Cidreira, sendo, esta, utilizada as suas raízes em chás para a insônia, palpitações cardíacas de origem nervosa, enxaqueca, vômitos e problemas hepáticos congestivos. As suas folhas também têm ação sudorífica.

 MIL EM RAMAS: Bom para chá em períodos de doenças infantis, como sarampo e catapora (o Sabugueiro também é recomendado). Ótimo medicamento contra as hemorragias do útero, dos pulmões, vômitos com sangue, hemorróidas, diarréia com sangue, regras abundantes, mucosidade nos intestinos, catarro sanguinolento dos tuberculosos. Pode-se associar com tansagem. As flores e folhas pulverizadas aplicam-se sobre feridas crônicas. Alivia a dor de dente e do estômago.


PATA DE VACA: Diurética, males dos rins, do estômago, depurativa, prisão de ventre. Contra diabete, através das flores e folhas. A raiz é venenosa, e externamente ajuda a matar os micróbios.

 TANSAGEM: Anti-inflamatório, bactericida usado em casos de afecções da boca e garganta, úlcera e gastrite. Tem propriedade expectorante e anti-alérgica, diminui a tosse e aumenta a expectoração do muco respiratório. Uso externo como adstringente e cicatrizante em feridas e úlceras varicosas.

Fonte: Plantas Medicinais (Irmão Cirilo).

Um comentário:

  1. Iára, seu Blog é maravilhoso:primorosa apresentação, explicações objetivas com a simplicidade necessáriaà todos que não detem seu conhecimento-Desperta a consxiência do imenso valor da Fitoterapia, mas tb. nos alerta para que sejamos sempre orientados e acompanhados por um bom profissional, como vc!-Está de parabéns pelo seu lindo e produtivo trabalho. Com todo meu apreço e carinho-Yone Borges da Silva

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