segunda-feira, 19 de março de 2012

Barbatimão

Há alguns dias recebemos de uma leitora a solicitação de detalhes a respeito do Barbatimão, importante fitoterápico com excelentes propriedades terapêuticas, que resolvemos editar um artigo especialmente dedicado à planta para que todos tomassem conhecimento de suas características. Aí vai:
BARBATIMÃO (Stryphnodendron barbatiman Mart. ou Stryphnodendron adstringens)
Nomes populares: Barba-de-timão; Barbatimão verdadeiro; Chorãozinho roxo, Paricarana; Uabatimó; Ibá-timó, Casca da virgindade.
Partes utilizadas: casca do caule e folhas.
Princípios ativos: substâncias tânicas, taninos (50%), alcalóides (não determinados), açúcar solúvel, mucilagens, flavonóides, corante vermelho, resinas.
Propriedades terapêuticas: grande poder adstringente presente nas cascas, depurativa, antidiarréica, hipoglicemiante, emética, hemostática, anti-séptica, vulnerária, tônica, antileucorréica, antiblenorrágica, antiescorbútica, antimiasmática, anti-hemorrágica, oftálmica, bactericida.
Parte ativa: a casca do tronco, a partir de 10 cm do chão, possui grande poder adstringente.
Indicações: o Barbatimão é um excelente cicatrizante, poderoso agente contra bactérias, inflamações e úlceras, paralisante das hemoptises e hemorragias uterinas, útil no combate às afecções escorbúticas, nas hemoptises, das hérnias, das impinges, das feridas e das úlceras, catarros uretrais e vaginais, leucorréia, blenorragia, feridas, combate bactérias, contém inflamações, acelera cicatrização, quadros diarréicos, diabetes mellitus, flatulência.
Externamente: cascas reduzidas a pó, aplicação local ou decocção de 1 colher de sopa da casca em 1 litro de água morna, para uso sob a forma de banhos, gargarejo, lavagens vaginais e uterinas, emprega-se no tratamento de úlceras; impinges, ferimentos; irritações vaginais; hemorróidas (ação hemostática);
- Banhos e lavagens vaginais contra a leucorréia, catarros uretrais e vaginais.
- O extrato de barbatimão é utilizado em feridas e machucados;
- O decocto da casca é usado em lavagens vaginais, nas infecções do útero e nas leucorréias, flores brancas; têm grande poder adstringente;
- As folhas são tônicas;
- As sementes são consideradas venenosas pela presença de alcalóides.
Internamente: casca e folha por infusão.
Decocção: ferver 20 g da casca em 1 litro de água, tomar de 3 a 5 xícaras do chá por dia.
Dosagem mais leve para úlceras do estômago e duodeno.
Tintura: 30 gotas diluídas em um pouco de água, 3 vezes ao dia para processos inflamatórios, blenorragia e auxiliar nos casos de corrimentos, uretrites, infecções do útero, vagina e hemorragias uterinas.
Contra-indicações: não há referência.
Toxicidade: as sementes são tóxicas.
Dosagens indicadas:
- Pele oleosa: chá aplicado com algodão por 20 minutos.
- Hemorragia uterina: chá – 2 lavagens ao dia.
- Inflamação na garganta, corrimento vaginal, diarréias, hemorragias: 2 colheres de chá da Tintura mãe, diluída em água, 2 vezes ao dia.
- Feridas ulceradas: chá aplicado com algodão, 2 vezes ao dia.
- Corrimento vaginal, leucorréia: banho local, até 3 vezes ao dia.
- Candidíase: casca em decocção para compressas.
- Queimaduras: casca em decocção para compressas.
- Envenenamento por certos metais e alcalóides: cascas.

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